PÁ!
A porta do quarto foi arrombada com violência.
Ema, deitada na cama mexendo no celular, se sobressaltou. Seu rosto empalideceu imediatamente.
A última pessoa que ela queria ver... apareceu. Seu pai biológico, Benedito — desaparecido há mais de dez anos.
— O que você está fazendo aqui?!
Ema se sentou num pulo, tomada de choque e raiva.
Benedito se encostou no batente da porta, com um sorriso gorduroso e nojento:
— Qual é? O pai vem visitar a filha e nem recebe um "obrigada"?
— Me poupe. — Respondeu Ema, fria. — Você me largou num orfanato e sumiu como se eu nem existisse. Agora quer pagar de pai?
Benedito deu de ombros, jogou-se no sofá do quarto e acendeu um cigarro com ar de vagabundo.
— Ah, para com isso. Se não fosse sua mãe, antes de morrer, mandar te colocar na casa da Yasmin, você acha que teria entrado naquela família como filha legítima?
No fim das contas, essa sua “vida de princesa” ainda tem o meu dedinho.
Ele soltou a fumaça e lançou um olhar cínico:
— Perdi feio no cass