Bruna o encarou por um segundo assustada. Em todos esses anos que se conhecem, Eduardo nunca falou assim com ela. Notou que algo mudou, isso a enfureceu, contudo, como uma grande dissimulada que é, sorriu triste.
— Porque está falando assim comigo, Dudu? O que lhe fiz? — Choramingou.
— Ainda pergunta? — Inquiriu sem paciência. Ele abriu novamente os olhos e notou algumas nuances que não percebia por está tão cego. Apercebeu que Bruna não está sendo sincera, que a tristeza que demonstra é tão falsa quanto os olhos azuis que está nesse momento.
Será que vovô está certo? Lembrou da conversa que teve com o patriarca algum tempo em que ele diz que conhece a mulher a sua frente.
— “O senhor não a conhece, cresci com Bruna, sei da mulher íntegra que é.”
— “E, pelo visto, você também.”
Será que em todos esses anos, não conheço a mulher que está a minha frente?
Sua cabeça está doendo e muito confusa.
— O que aquela desgraçada lhe falou? — Perguntou se revelando por alguns segundos, esse