Maya
Cheguei a tempo de pegá-la em casa, antes de sair para o trabalho.
— Maya? Oi! — disse surpresa ao me ver aproximar dela, que se preparava para entrar em seu carro, estacionado à frente da garagem. — Aconteceu alguma coisa? — perguntou preocupada.
— Minha mãe está bem — disse para tranquilizá-la. — Mas quero falar com você a respeito de outra coisa.
Sua feição preocupada deu lugar a uma que demonstrava que já esperava por isso.
— Vem. Vamos entrar. — Caminhamos até a porta e entramos. — Sua mãe me ligou ontem. — Fechou a porta. — Você aceita um chá ou café? — perguntou caminhando em direção à cozinha.
— Não. Estou bem.
— Não parece bem. Está com os olhos fundos — disse servindo uma xícara de chá e pousou-a sobre o balcão à minha frente. — Por favor... sente-se e beba o chá. Vai te fazer bem — pediu educadamente.
— Obrigada — agradeci e sentei-me no banco alto da ilha da cozinha, puxando a xícara de chá para mim.
— Quando ela me contou, eu não acreditei. Achei que seria impossível