Maya
Amanheceu e o meu despertador no celular tocou as sete, acordando-me em um susto com a música estridente e alta. Tomei um banho e me arrumei para a viagem.
— Se é a coisa certa a se fazer, eu não sei. Só sei que quero ir — disse para mim mesma, enquanto escovava os meus cabelos na frente do espelho do banheiro.
Desci para a cozinha e a cafeteira havia acabado de passar o café. Servia-me de uma caneca quando a porta da sala foi aberta e o meu pai entrou com a cara tão amarrotada quanto a roupa.
— Bom dia. — Estendi-lhe a caneca que havia arrumado para mim.
— Eu pego outra — disse aproximando-se de mim.
— Tudo bem. Pode pegar essa. Parece estar precisando mais do que eu.
Ele sorriu e pegou a caneca da minha mão, antes de me dar um beijo na testa.
— Obrigado, filha. Para que é a mala na sala? — perguntou sentando-se à mesa.
— Eu vou passar uns dias em Seattle com alguns amigos da faculdade. Achei que a mamãe tivesse lhe dito — menti me servindo de café.
— Não disse. Quando volta?
— E