Victor
— Oi... Como está se sentindo?
— Oi, amor. — Sorri. — Bem. Apavorei você?
— Sim. — Começou a chorar e abaixou sua cabeça. — Me desculpe pela briga. Foi culpa minha...
— Ei... — Peguei seu queixo entre meus dedos e levantei seu rosto, para que ela me olhasse nos olhos. — Não foi culpa sua, meu anjo. — Sequei suas lágrimas. — Preciso contar algo a você e espero que me perdoe. Mas antes preciso que entenda que não escondi isso de você. Apenas estava sem coragem para lhe dizer. Assumo... fui um covarde.
— O que aconteceu?
— Depois do infarto, tornei a sentir dores no peito e falta de ar. Procurei meu cardiologista em Houston e ele me submeteu a centenas de exames. Maya... meu coração está fraco. Ele está se cansando muito rápido. Talvez um dia eu durma e não acorde. Você sabe que o problema coronário não tem cura e que sua tendência é piorar.
As lágrimas lavavam seu rosto.
— Está dizendo que vou perdê-lo logo mais?
— Estou. — Um bolo se formou em minha garganta.
— Por isso não quer