Maya
Ele aproximou-se e beijou o meu rosto abraçando-me pelo ombro.
— Vamos até lá fora — sussurrou nos meus ouvidos.
Fomos até a varanda dos fundos.
— O que houve lá dentro? — perguntou parando à minha frente e segurando o meu rosto entre as suas mãos.
— Ainda é muito difícil para o meu pai aceitar a gente.
— E isso magoa você.
— Eu só queria entender por que as pessoas não conseguem ver o nosso amor. Por que, Victor? Por que é tão difícil elas enxergarem a nossa paixão e compreender que seremos felizes, mesmo que você tenha quase o triplo da minha idade?
— Acho que ninguém além de nós, será capaz disso.
Acariciou as minhas bochechas com os seus polegares e aproximou-se mais. Ergui a minha cabeça para olhá-lo e fechei os meus olhos quando ele tocou a sua testa na minha, roçando a ponta dos nossos narizes um no outro.
— Não vejo a hora de chamá-la de esposa... De colocar uma bela aliança neste dedinho delicado. — Segurou a minha mão esquerda junto ao seu peito e acariciou delicadament