Maya
Mais tarde comecei a arrumar minha mala. Já passava das dez da noite quando Allan chegou. Ao abrir a porta, ele estava parado depois dela, ainda de cara amarrada e com um jeito todo marrento com as mãos guardadas no bolso da frente da calça. Era até sexy.
— Está tudo bem? — perguntei dando-lhe passagem para entrar.
— Só estou cansado — respondeu ao passar por mim.
— Allan... Sei que você está chateado por eu não ter contado antes sobre a minha mãe, mas me entenda! — Aproximei-me dele.
— Está tudo bem, Maya. Esqueça isso, okay? Vem aqui. — Abriu seus braços.
Caminhei até ele e o abracei. Allan me apertou contra seu corpo e beijou o topo da minha cabeça. Nós conversamos um pouco sobre seu dia, deitados em minha cama, e logo ele apagou depois de um banho. Fiquei deitada encarando o teto do quarto escuro, sem conseguir dormir. A ansiedade estava me consumindo. Eu vi o dia amanhecer em seus braços.
Quando meu celular soou o despertador as seis, levantei-me e fui ao banheiro. Depois de