Maya
Saímos todos juntos do bar pela porta da frente, rindo das piadinhas clichês que Tyler fazia da própria cultura. A madrugada estava fria e eu não via hora de chegar logo no hotel e tomar um banho quente antes de ir para a cama.
— Opa! — disse Zoe apreensiva. — “Tira” na área, galera — sussurrou para nós o alerta.
Todos encaravam tensos algo atrás de mim. Virei-me e encontrei um cara bonito encostado em seu carro preto que reluzia a pintura encerada sob a luz do poste na calçada.
— Está tudo bem. Eu o conheço — disse baixo, acalmando-os antes de me afastar deles.
— Oi — cumprimentei Allan com um sorriso tímido.
— Oi — retribuiu ele, desencostando-se do carro e dando alguns passos até mim.
— O que faz nas ruas tão tarde, detetive?
— Fui chamado para uma emergência não muito longe daqui e resolvi vir buscar você. Conheço esse bar e sei que fecha tarde.
— Então vamos ter carona? — perguntou Sasha parando ao meu lado.
— Você é uma chata, mas vou dar carona para você também — respondeu