Camille parecia um pouco nervosa, mas estava pronta.
Havíamos trazido um único operador de câmera para filmar o discurso. Ele era nativo de Mercúrio, mas estava morando em Solares havia alguns anos.
Eu havia insistido com meu secretario que procurasse por alguém que tivesse alguma ligação com Mercúrio e que fosse de confiança, para que a mensagem fosse transmitida corretamente.
Camille se ajeitou na cadeira e eu fiquei atrás da câmera, observando.
- Está pronta, majestade? - perguntou o rapaz, que tinha aproximadamente uns vinte e cinco anos, era alto, bem magro, moreno e se chamava Pedro.
- Pronta. - Camille acenou com a cabeça em confirmação e respirou fundo.
Assim que a luz da câmera acendeu, Camille endireitou o corpo ainda mais.
- Eu... Primeiramente eu gostaria de dizer ao meu povo, o povo de Mercúrio, que... Eu si