Naquele dia, Rosa decidiu que não permitiria que Ricardo ou qualquer outra pessoa roubassem sua paz. Montou na bicicleta e começou a pedalar de volta para casa, enquanto pedalava, Rosa percebeu algo estranho. Uma Lamborghini preta estava andando devagar demais atrás dela. Ela olhou de canto e franziu o cenho. Não era comum carros irem tão devagar naquela rua, ainda mais um porte desse.
— Não é possível… — murmurou, tentando ignorar a paranoia.
Ela aumentou a velocidade, mas o carro manteve o ritmo. Era como se estivesse a escoltando. De repente, a janela do passageiro se abaixou, e uma voz que ela conhecia bem ecoou.
— Rosa, essa bicicleta já não tem conserto. Você deveria considerar um carro.
Ela virou a cabeça, quase sem acreditar.
— Senhor Trajano? — perguntou, — O que está fazendo aqui?
Ricardo, dirigindo o carro como se fosse dono da rua (e, em muitos casos, ele era dono mesmo), deu de ombros.
— Só estava passando por aqui e vi que você estava indo embora. Achei que poderia preci