Laura apertava o celular contra o ouvido, o coração batendo forte no peito. A voz de Marcelo ainda ecoava em sua mente.
— Venha até mim. Sozinha. Ou Gabriel não terá um bom desfecho.
Ela respirou fundo, tentando controlar a raiva que subia em sua garganta.
— Onde ele está?
— Você já sabe que eu não facilito as coisas. — Marcelo respondeu, sua voz carregada de falsa calma. — Vou mandar as coordenadas. Mas aviso desde já: qualquer tentativa de esperteza e ele paga o preço.
Laura cerrou os dentes, sentindo os músculos de seu corpo ficarem tensos.
— Se você machucar ele...
— Isso depende só de você, Laura. — Marcelo a interrompeu. — Não me faça esperar.
A ligação foi encerrada.
Laura baixou o celular lentamente, fechando os olhos por um instante. Não podia entrar em pânico. Gabriel precisava dela. E se havia uma coisa que Marcelo não esperava, era que ela ainda tinha uma carta na manga.
Enquanto isso, Gabriel recuperava a consciência aos poucos. Sua cabeça latejava, e ele sentia o chão fr