Malu
Nossos olhares se encontram e meu coração salta outra vez ao notar o quanto ele permanece lindo, mesmo estando um pouco diferente com os cabelos cortados. Pardal me olha com as sobrancelhas arqueadas, como se não acreditasse que realmente está me vendo.
— Malu? É tu mermo? — me olha de cima a baixo, mirando minha barriga por alguns segundos e juro que tentei evitar, mas acabo revirando os olhos.
— Sim, sou eu. Em carne e osso. Posso sentar? — aponto para a cadeira.
— Deve. — noto uma dose de entusiasmo em sua voz.
Puxo a cadeira e sento.
— Como você está? — resolvo quebrar o silêncio que havia se instalado entre nós, minutos atrás.
— Fodido, mas bem. E tu e o nosso moleque?
— Sente sua falta, ele não sabe onde você está e me pergunta todo dia quando poderá te ver.
Pardal desvia o olhar do meu, mas não consigo decifrar o que se passa em sua mente.
— Sinto falta dele também. Aliás, de vocês dois.
— Não precisa mentir, Pardal.
— Tô mentindo, não, pô. Sei que tu tem todas as raz