A segunda-feira começou cedo, como sempre. O despertador tocou às seis e meia e, ainda sonolenta, me virei para encontrar o abraço quente de Caio. A luz suave da manhã entrava pelas frestas da cortina e, por alguns minutos, ficamos apenas ali, em silêncio, sentindo a respiração do outro. Eu gostava daquele momento entre o sono e a vigília. Era como se o tempo desacelerasse só para nós dois.
— Vamos fechar aquele contrato hoje — ele murmurou, a voz ainda rouca de sono.
— Vamos, sim — respondi, com um sorriso confiante. — E depois vamos comemorar.
Levantamos juntos, tomamos café apressadamente e seguimos para a empresa. O dia prometia ser puxado, mas também decisivo. Havia semanas que estávamos trabalhando em uma proposta para um novo cliente — uma startup em crescimento, com potencial enorme e demandas complexas. Era o tipo de desafio que me fazia vibrar por dentro.
A apresentação estava marcada para as onze. Revi os slides pela última vez, organizei as anotações e respirei fundo ante