Para Diego, isso representava um desafio colossal. Ele ainda era muito jovem e enfrentava golpes devastadores tanto físicos quanto psicológicos.
Um menino alto e magro estava de pé ao lado de alguns outros, aparentando ser o líder do grupo.
Sua estrutura esquelética era evidente, e suas clavículas salientes indicavam dias de desnutrição, mas ele não possuía a inocência típica de alguém de sua idade.
Seus olhos faziam Patrícia pensar no líder de uma alcateia de lobos, repletos de ferocidade e autoridade.
— Este garoto se chama Carlos. Apesar de jovem, ele é um órfão recolhido do campo de batalha do norte. Quando o encontraram, ele sobrevivia se alimentando de cadáveres, disputando comida até com os urubus.
Patrícia sentiu náuseas ao ouvir isso:
— Ele... Comia carne humana!
— Para ser exato, ele consumia carne em decomposição. Se uma pessoa precisa sobreviver, ela comerá qualquer coisa, e Carlos é um nome que ele escolheu para si mesmo. Ele nunca teve pais e, quando foi encont