Marcos falou com calma:
— Olhe à frente, o que você vê?
Patrícia deu alguns passos para a frente até chegar à beira do precipício, contornou uma floresta e avistou, ao longe, montanhas que se erguiam e se abaixavam, formando uma cadeia contínua de montanhas nevadas que parecia imensa.
— Liberdade.
— Sim, basta cruzar este abismo à nossa frente, e a liberdade será sua.
No entanto, após ser impedida tantas vezes por Teófilo, Patrícia já não tinha mais coragem.
Ela estava assustada, temendo ser capturada novamente e cair em um abismo escuro e sem fim.
— Você está preocupada com ele?
Patrícia negou com a cabeça:
— Não, eu... Tenho medo.
— Medo de quê?
— Medo de que o fracasso te prejudique, medo de não saber como será o futuro, basta fechar os olhos que consigo visualizar a morte de Suzana.
A voz de Marcos era calma:
— Não há nada a temer, o período mais difícil já passou, e as pessoas não devem ficar presas ao presente, a menos que você deseje viver como antes.
— Eu não quero, eu quero m