Naquele momento, aquele homem robusto parecia um cachorrinho carente. Patrícia tremia levemente, a disparidade entre a força dos dois era imensa.
Ela sabia que não devia provocar demais o homem, pois, em sua fúria, ele poderia desenvolver um desejo possessivo ainda mais intenso, tornando deixando a situação irremediável.
Patrícia respirou fundo, aproveitando o resquício de razão que ele ainda mantinha para tentar dialogar:
— Raul, eu posso ajudar em outras coisas, mas isso eu não posso fazer.
— Não pode? Ainda está pensando naquele homem? — Teófilo estava à beira do colapso racional.
Ele lutava contra seu desejo físico, buscando aproveitar a oportunidade para compreender os sentimentos mais profundos de Patrícia.
Ela não permitia que outros a tocassem, ainda o amava?
Patrícia franziu a testa:
— Não, eu já me divorciei dele, tenho liberdade para me casar e ele não tem mais nada a ver com isso.
Um vislumbre de decepção cruzou o olhar de Teófilo:
— Se é assim, por que eu não posso? Srta.