O homem tinha uma meia suja amordaçando ele, claramente aterrorizado.
Ele tinha embarcado no navio buscando emoções, pensando que o corpo da mulher era exatamente do seu gosto e tinha feito apenas uma sugestão. Isso justificava tanta brutalidade?
Afinal, todos a bordo pareciam mais sujos que os outros, então por que ele estava se fingindo de inocente?
Quando Teófilo retirou a meia, o homem se apressou em suplicar:
— Era só uma piada, veja como você está agitado. Não pode relevar?
— Heh. — Teófilo riu friamente e arrancou sua própria máscara. — Eu vou brincar direito com você.
As máscaras eram o que eles usavam para esconder sua vergonha, e removê-las era como deixá-los nus em público.
Teófilo reconhecia esse rosto, era um empresário muito conhecido da Cidade A.
A mídia sempre promovia sua imagem de marido e pai amoroso, e seus filhos também eram muito bem-sucedidos.
Mas por trás dessa fachada de sucesso, ele se envolvia nessas sórdidas atividades, algo verdadeiramente repugnante.