Patrícia calculava o tempo, já mais de metade do ano havia passado desde que ela e Raul começaram a convivência. Inicialmente cauteloso, agora ele desempenhava o papel de pai em tempo integral, cuidando das crianças sem reclamações. Patrícia, por sua vez, já havia deixado de lado suas reservas iniciais.
— Eu... — Ela começou a falar, hesitante, e parou. Era uma história longa, e ela estava indecisa sobre por onde começar.
— Não se preocupe, sou discreto, não vou contar para ninguém.
Patrícia olhou para o filho:
— Espera um pouco.
— Claro.
Ele também não tinha pressa. Tinha levado meio ano até que Patrícia se sentisse pronta para conversar com ele, então esperar mais um pouco não seria um problema.
Durante a sesta do filho, Teófilo esperava pacientemente ao lado do canteiro de flores do lado de fora.
Quando Patrícia saiu, ele se levantou imediatamente:
— Srta. Patrícia.
— Não, sentemos para conversar.
— Certo.
Teófilo, sempre atencioso, preparou um suco para ela. Sentados sob um guarda-