Estavam prestes a entrar no Mar dos Demônios, e Raul pensava que era hora de se livrar daquela pessoa.
Ele sabia que o outro certamente estaria escondido no depósito.
Raul já havia se informado de que lá só havia algumas ferramentas e que ninguém visitaria o lugar por meses.
Ao abrir a porta, um cheiro desagradável o atingiu.
No meio do mofo, detectou também um odor de sangue.
O anoitecer se aproximava, e o dia chuvoso deixava o vasto mar sob uma densa escuridão, fazendo com que o quarto no porão ficasse completamente sem luz.
Além do som das ondas batendo no casco do navio, o quarto estava assustadoramente silencioso.
Raul avançava passo a passo em direção à frente, seu instinto o alertava que a pessoa estava ali, na sala.
Como uma serpente venenosa escondida na escuridão, apenas esperando o momento certo para dar o bote.
O céu estava cada vez mais escuro, e a brisa do mar começava a soprar, apesar de portas e janelas estarem fechadas. Patrícia não sabia de onde vinha aquele v