Ao se reencontrar, Patrícia fez imediatamente a primeira pergunta:
— Como está o gatinho?
— Está muito bem. Deixei ele com um amigo que confio que certamente cuidará dele com atenção. O Sr. Roberto temia que outros não cuidassem bem de você, por isso me enviou especialmente para zelar por sua segurança.
— Agradeço pelo esforço.
Após falar, Patrícia se virou e voltou ao seu quarto. Seria aquilo uma ilusão?
Reencontrar alguém de quem deveria se despedir não trazia alegria a ela, pelo contrário, havia um estranho sentimento.
Parecia que essa pessoa não deveria estar ali, mas sua presença tinha uma justificativa lógica.
A intuição de Patrícia dizia que ela podia se afastar dele agora.
Evitar passar muito tempo com alguém cujo passado você desconhece era, subconscientemente, o que ela desejava fazer com Raul.
Nos dias seguintes, ela raramente saía, até mesmo para as refeições.
Raul levava a comida até ela e, antes de Patrícia fechar a porta, eles mal trocavam algumas palavras.
Ele man