Teófilo parecia já prever que ela viria, por isso ficou de pé sob o poste de luz, assegurando que ela o visse de imediato, coberto pela neve branca como se estivesse vestido por ela.
Ele pensou que, se Patrícia sentisse pena dele, desceria.
Envolta em um roupão de banho e segurando o presente que ele havia dado, Patrícia olhava-o de cima.
Logo depois, baixou a cabeça para digitar algo no celular e então ergueu o aparelho, agitando-o para que Teófilo olhasse.
Com o olhar baixo, Teófilo pensou que Patrícia realmente sentia pena dele.
No momento em que ele olhou para o celular, seu sorriso se congelou.
[Obrigada pelo presente. Está frio e as estradas estão escorregadias, tenha cuidado.]
Ao vê-lo terminar de ler, ela se virou e voltou para o quarto, puxando a cortina atrás de si, cobrindo completamente sua silhueta.
Com um sorriso amargo, Teófilo pensou nos dias em que ela, vestida em pijama e sob uma nevasca densa, corria para seus braços na escola, e se perguntou se aqueles dias ja