Patrícia saiu calmamente do quarto e encontrou Cauã descansando de olhos fechados no corredor. Ao ouvi-la, ele abriu os olhos:
— Dra. Bastos.
Cauã era meticuloso, especialmente com aqueles olhos negros como águas geladas, e Patrícia percebia que ele estava sempre em guarda.
Ela estava internamente agitada, mas manteve uma aparência calma e cumprimentou ele proativamente:
— Ele está dormindo. Se possível, deixe ele descansar mais um pouco.
— Claro, Dra. Bastos. Você poderia verificar algo para mim? Minha lombar está doendo há quase um dia.
Não havia outros médicos nessa viagem, e apesar do desejo de Patrícia de partir, ela não pôde recusar o pedido de Cauã, temendo que ele suspeitasse de algo.
— Pode levantar a camisa, que vou verificar.
— Aqui não é adequado. Se um emissário estrangeiro nos ver, seria impróprio. Venha comigo.
Cauã se levantou e seguiu adiante, e Patrícia, muito a contragosto, ainda precisava falar com Lembranças.
Ela acelerou o passo, pensando em examinar Cauã rapidame