Patrícia parecia um pequeno coelho sob sua alta estatura, tremendo involuntariamente, com as mãos apoiadas no chão enquanto recuava incessantemente.
Ela interpretava o medo de maneira convincente.
Afinal, a fuga desta noite havia sido meticulosamente planejada por ela.
Qualquer mulher normal, ao ser capturada e após testemunhar a crueldade sanguinária de um homem, pensaria primeiro em fugir.
Se ela simplesmente obedecesse, certamente levantaria suspeitas em Matheus, e isso também fazia parte de um jogo de astúcias entre os dois.
Com a voz trêmula, Patrícia disse:
— Eu, eu só queria tomar um pouco de ar, nunca pensei em fugir!
Matheus, com um joelho dobrado, observava a mulher à sua frente, um sorriso malévolo surgindo em seus lábios:
— É mesmo?
Patrícia, como se bicasse grãos como uma galinha, acenou freneticamente com a cabeça:
— Sim, sim, sim, eu só queria tomar ar, por favor, não machuque os outros, está bem?
— Se você não está fugindo, por que eu machucaria al