Eu sabia onde ficava esse inferninho, então assim que estaciono o carro em frente o lugar já abro a porta e sigo até o estabelecimento. O segurança do local me impede de entrar. — Infelizmente aqui só entra homens, senhora! Mulheres só as que trabalham aqui. Ele diz ficando em frente a porta. — Vim buscar meu marido! Digo o encarando de braços cruzados. — Sinto muito, senhora. Mas vai ter que esperar seu marido em casa e resolver esse problema lá. Nem me dei ao trabalho de falar quem era o meu marido. Dou as costas a ele e volto para o carro, abro o porta luva e mexo na bagunça que tem ali e como eu esperava logo acho uma arma. Eu não sei muito bem como manusear ela, mas aprendi algumas coisas vendo meu pai e sheik mexendo. Quando fecho a porta do carro e me preparo para voltar ao inferninho dou de cara
Estou sentada em minha cama quando ele entra no quarto, eu nem o encaro por muito tempo, abaixo a cabeça pensativa, tentando por meus pensamentos em ordens... — Não aconteceu nada lá! Ele diz me encarando. — O que vai ser de nós? Pergunto enfim olhando pra ele e uma lágrima escorre. — Eu não sei... Ainda dói saber que outro cara te tocou... — Isso é um fato que infelizmente não vai mudar... Antes que eu continuasse falando ele pergunta: — Por que não me contou assim que saiu da prisão? — Eu sabia que você não ia me perdoar, sabia que isso aconteceria... Soluço. — Se o que aconteceu não significou nada, por que você foi encontrar ele naquele restaurante? Ele senta ao meu lado, faz as perguntas olhando para o chão. — Tem alguns meses que estou recebendo ameaças, me enviaram mensagens falando que iam te contar, eu me apavorei, peguei o número dele no Google e quis perguntar se era ele que estava fazendo as ameaças... — E era ele? — Não! — Como você tem certeza? — Eu nã
Andávamos pela orla de Copacabana, estamos em silêncio admirando o mar, o dia estava sol, mas como era mês de junho não estava muito quente. — Qual o rolo seu com ela? Bruno me tira dos meus pensamentos. — Eu conheci seu irmão ainda era muito nova, ele era insistente e não cansou até conseguir ficar comigo... Não nos desgrudamos mais, minha mãe quando descobriu que ele era do movimento me proibiu de ter algo com ele, mas aí ficávamos escondidos, eu fugia a noite para encontrar seu irmão no baile, até que ela descobriu e me deu um ultimato. Seu irmão alugou uma casa pra mim e foi quando descobri que ele era casado... Eu até tentei me afastar dele, mas eu já estava completamente apaixonada por ele. Quando decidi que não queria mais ser a outra e fiz ele escolher, ele escolheu a esposa e foi quando fui procurar minha mãe, eu não queria mais ficar no morro, mais ela só me atendeu pelo portão, como se eu fosse um morador de rua e se não fosse minhas amigas, eu estaria morando mesmo na
Acordei por volta das 8 da manhã, me espreguiço e abro os olhos, vejo Bruno sentado na mesa me encarando. — Bom dia. Ele diz me encarando. — Bom dia. Respondo com um meio sorriso, ele tinha pedido café da manhã, a mesa estava cheia de coisa. — Vem tomar café. Ele me chama e eu me levanto, vou no banheiro escovar os dentes e lavo o rosto, quando estou indo pra mesa reparo a mala dele pronta e perto da porta, reparo que ele está de banho tomado e arrumado, franzo a testa sem entender, mas ele não diz nada. Me sento a mesa e ele começa a me servir. — Suco ou café? Ele pergunta. — Suco! Ele coloca no copo e me entrega. — Pão ou torrada? Mais uma vez ele me pergunta, mas ele não está me olhando. — Só um pedaço de queijo minas, mais nada... Você vai embora hoje? Pergunto enquanto ele me entrega o prato com uma fatia do queijo. — Consegui uma passagem para mais tarde, vou te deixar na sua amiga e depois vou para o aeroporto, almoço lá e depois pego o voo. Abaixo a cabeça m
— Anne?! Acorda! Escuto Jereh me chamando com calma, abro os olhos e ele está arrumado. — Que horas são? Me espreguiço. — Sete, mais hoje é aniversário de Bruno e tenho uma surpresa para ele. Como assim hoje é aniversário de Bruno? Como ele não me contou? Como assim? Fico encarando Jereh. Sem entender nada. — Vamos! Levanta e se ajeita, quero estar na mesa do café antes dele acordar. Mesmo desnorteada me levanto e vou para o banheiro, tomo banho, escovo os dentes, penteio o cabelo, coloco uma roupa e desço para a cozinha, Jereh já estava lá. Assim que saio do quarto dou de cara com Bruno. — Pronta? Ele pergunta sussurrando. — Por que não me falou que hoje era seu aniversário? Pergunto baixo. — Não gosto de comemorações... Está pronta? Ele pergunta novamente Balanço a cabeça dizendo que sim e descemos as escadas. Na mesa tinha um big café da manhã, Bruno franze a testa sem entender nada, Jereh está sentado a mesa com um sorriso no rosto. — Parabéns! Ele diz mostra
—O que faz aqui? Tá maluco? Saí daqui! Digo apavorada. — Precisamos conversar! — Não Bruno! Saí! Jeremias pode entrar aqui a qualquer momento! — Deixa ele nos vê juntos, é bom que acabamos com tudo isso logo! — E quem disse que quero que acabe? Digo cruzando os braços e Bruno passa a mão no rosto nervoso. — Temos um acordo Anne, esqueceu? — Da mesma forma que você esqueceu de me contar sobre sua namorada! — Ex! Ex namorada! E ela já era ex antes de nos conhecermos pessoalmente. Fico quieta, como sempre eu não sabia como agir. — Vocês iam casar! Droga, Bruno! Choro. — Isso é coisa da cabeça de Jeremias, claro que ela planejava um dia casar, ter filhos, essas coisas, mas não eram planos para agora e nem planos meu! — Acho melhor deixarmos isso pra lá, resolve seus assuntos com ela. — Não vou deixar pra lá, nada! — Anne! Abre a porta! Era a voz de Jeremias, eu não sabia o que fazer. — Saí pela janela! Digo nervosa. — Não! Não vou sair, vamos contar pra ele... — Não
Sheik... Minha cabeça estava a mil, minha vontade era de matar aquela filha da puta, mais meu amor por ela era tão grande que eu seria incapaz de fazer qualquer mal a ela. Depois de deixar Ju em casa eu precisava pensar, então fui no novo refúgio que tem aqui no morro. — Fala aí chefe! Um dos seguranças do local me cumprimenta. — Fala aí! Desenrola pra mim a mais gata! — Claro chefe... Suellen, vem aqui! Ele chama uma loira. Ele diz quem eu sou e seguimos para o quarto. Me sento na cama e ordeno. — Tira a roupa! Ela não hesita, começa a tirar a roupa, mas eu não estava excitado com aquilo, pelo contrário, eu não queria que ela tirasse a roupa pra mim, mas o que vinha na minha mente era a minha mulher tirando a roupa para outro. Acho que a tal Suellen percebe que eu não estou afim, e começa a puxar assunto. Pego uma garrafa de whisky que tinha ali no quarto e começo a beber, conto para Suellen tudo que estava acontecendo, até que ela era uma boa ouvinte, não dava opinião,
A galera estava no pagode, estávamos em um canto, tinha uma mesa alta e alguns bancos ao redor. Nick, Nathy, Estevão, caveira e outros moleques com suas esposas estavam lá também. O papo rolava solto, geral ria, o ambiente estava legal, apesar de Nathy me olhar hora ou outra de cara feia... — Então você chamou a puta pra almoçar? Caveira diz zoando Estevão! — A mina é gente boa, foi só um convite de amigo, mas ela não aceitou. Ele se defende. — Oi pessoal, boa noite... Olho para a voz e vejo verônica parada ao meu lado, fazendo o ambiente ficar em silêncio. Nathy olhava ela de cara feia. — Boa noite. Geral responde, claro que eu, Nathy e Nick não respondemos. Ela puxa um banco e sem ser convidada já senta ao meu lado. Uma conversa sobre crianças se inicia, Nathy de cara feia ignora completamente ela e conversa com outras meninas, verônica entra no assunto falando sobre as crianças do colégio. — Minhas crianças são tranquilas, claro que sempre tem um mais agitado que o o