Diego inclinou levemente a cabeça, sem dizer mais nada. Seu rosto, no entanto, carregava um misto de frustração e melancolia.
Nelson passou o braço ao redor da cintura de Liz e, com uma voz que todos podiam ouvir, sussurrou em seu ouvido:
— Liz, da próxima vez, não se envolva com gente insignificante assim.
Diego cerrou os punhos, entendendo perfeitamente que aquelas palavras eram dirigidas a ele. Já era demais para ele suportar.
— Nelson, chega. Você já me deu dois socos. O que mais você quer?
Nelson sequer respondeu, limitando-se a soltar um riso frio e debochado.
Diego decidiu que não valia a pena prolongar aquela discussão. Ele deu as costas e se afastou. Porém, enquanto caminhava, ele sentia os olhares das pessoas ao redor queimando suas costas. O homem que sempre mantinha a postura ereta parecia agora carregar um peso nos ombros, que o fazia curvar-se levemente. Diego sabia que não poderia criar mais confusão ali, ou chamaria ainda mais atenção.
Ele se escondeu em um canto, fugin