Ela concordou com a cabeça e Alex sumiu pela boate enquanto se acomodava à mesa, esperando-o. Rodeeou o olhar pela boate, fingindo que não estava procurando por Diego, mas sem conseguir evitar. Rejeitou duas cantadas enquanto esperava por Alex e se sentiu aliviada quando ele voltou, mesmo que de mãos vazias.
— Não sabia o que pedir pra você, então pedi pra servirem na mesa. Vão vir aqui daqui a pouco.
Concordei com a cabeça e aguardei. De cinco, dez ou quinze minutos, um novo garçom passava com novas bebidas. Alex garantiu pagar tudo, já que estava interessado em mim, parecendo não se preocupar que eu era, basicamente, a ex do seu melhor amigo. No geral, ele tanbém parecia estar em uma dor de cotovelo como a dela, buscando o carinho e o afeto de alguém para se curar da fossa. Ela não entendia qual a motivação dele de procurar por ela, mas também não se importou muito quando tinha um garoto bonito ao seu lado disposto a bancar sua bebedeira e competindo quem tomava o maior porre.
Foi assim a noite toda. Eles chegaram a se curvar, rindo um sobre o outro, falando besteira e um beijo ou outro saiu, mas nada demais. Não conseguiam nem anotar os números do outro para marcarem de sair depois.
A noite acabou e a boate ficou vazia, mas os dois não se importaram. Grudados em uma garrafa de gim, cantavam com todo o ar dos pulmões a última música tocada pelo DJ quando o barman, sem jeito, se aproximou dos dois.
— Senhores — chamou. Os dois continuaram a cantar — Senhores! — repetiu. Sentindo que os dois não iriam lhe dar atenção, o barman arrancou a garrafa de gim da mão de Alex. — A boate fechou!
Entre lamentos e tropeços, os dois deixaram a boate. A rua não estava totalmente vazia, então Juliana achou que era uma boa ideia seguir as poucas pessoas que caminhavam quando Alex agachou na porta da boate pra vomitar a bebida.
— Frouxo — murmurou.
Ela continuou caminhando aos tropeços pelo caminho que achava que a levaria até em casa. Sem perceber, passou alguns pontos de ônibus. Quando estava prestes a sentar na calçada, um carro cinza parou ao seu lado e, do motorista, um loirinho com uma covinha linda sorriu pra ela. Ela estava tentando reconhecer o garoto.
— Ei! — acenou pra ela se aproximar. — Você estava na festa com Alex, não? — Ele apontou para o garoto jogado sobre o banco traseiro do carro. — Quer uma carona?
Juliana, você aceita essa carona?
Uma carona viria a calhar...
Acho que prefiro ir de ônibus, obrigada