Os olhos dele se aprofundaram, e o bom humor da manhã toda desapareceu, se tornando sombrio e envolto em uma aura de agressividade.
Era aquela expressão de novo.
A expressão sombria que aparecia antes dele enlouquecer.
Luiza temia que, se a tensão continuasse, algo poderia ser descoberto. Controlando a ansiedade, ela disse:
— Eu só estava me despedindo dele.
— Despedindo de quê? — Miguel perguntou, semicerrando os olhos perigosamente.
Luiza respondeu:
— Você não me proibiu de ir para as Américas? Eu disse a ele que não iria mais e que viveria com você aqui a partir de agora.
— É mesmo? — A desconfiança no rosto dele ainda não tinha desaparecido.
Luiza disse:
— Não foi o que você disse? Se eu continuasse a me comunicar com ele, você não me deixaria ver meu pai. Eu... Eu sinto falta do meu pai...
Ao ouvir o tom de mágoa em sua voz, a agressividade nos olhos de Miguel diminuiu um pouco, se tornando mais suave.
— Então, se despedir dele significa que não haverá mais contato no futuro?
— O