Luiza acenou com a cabeça. Colocou a colher de sopa de lado e levantou a mão para fazer o nó da gravata dele.
Fez um nó de Windsor cheio e perfeito, elegante.
- Pronto. - Luiza terminou e admirou por um momento, sorrindo.
Miguel olhou para o rosto dela, se sentou para tomar o café da manhã e ordenou:
- De agora em diante, chegue em casa pontualmente às 8 da noite.
Luiza ficou surpresa, olhando para ele.
- Por quê?
- Por quê? - Ele levantou uma sobrancelha. - Você é uma empregada, não precisa voltar para trabalhar?
Luiza se sentiu extremamente frustrada, mas ainda assim tentou negociar com ele.
- É minha obrigação trabalhar, mas, como sabe, sou designer e muitas vezes tenho que fazer hora extra.
- Faça hora extra em casa. - Miguel rebateu com uma frase. - Não é só desenhar? Onde não pode fazer isso?
Luiza ficou sem palavras. Ela queria encontrar algo para retrucar, mas devia a ele 4 milhões, então não tinha muito por onde se firmar.
No final, ela estava visivelmente aborrecida.
Após o c