POV LIANNA
Quando abri os olhos, não foi por conta de um pesadelo. Nem um barulho. Nem um sobressalto.
Foi simplesmente… luz.
Um feixe clarinho atravessava a cortina e tocava o canto da cama, e por um segundo eu não lembrava de nada. Nem da visita. Nem da ameaça. Nem do terror gelado na porta.
Só senti calor. E aí percebi por quê. Eu não dormia sozinha. Meu corpo estava encaixado no dele, as pernas entrelaçadas, minha cabeça no peito de Adrian e ele me segurava como se eu fosse algo precioso demais para ser largado durante a noite.
Por um instante, fiquei imóvel, respirando devagar, ouvindo o coração dele batendo sob minha orelha. Era um ritmo firme, estável, quase calmante.
E eu pensei: Há quanto tempo ninguém dorme comigo assim? Não pelo corpo, ou pelo sexo… Mas pelo cuidado. Pela proteção. Pelo querer estar.
Meus dedos se moveram sozinhos, traçando o contorno da clavícula dele. A pele quente. A barba por fazer roçando na minha testa. O cheiro dele, um misto de amadeiradl, café e a