Lucas olhou para ela com um sorriso:
— Farei o que eu quiser, não se preocupe. Como posso saber o resultado se não tentar?
Júlia respondeu:
— Mesmo que o resultado te decepcione muito?
Com um olhar profundo, Lucas disse:
— Se acontecer, eu aceito.
Ela não esperava tanta teimosia e ficou em silêncio. Lucas percebeu seu humor e não insistiu, deixando o som das ondas preencher o espaço. Somente perto da meia-noite ele saiu, e Júlia refletiu sobre sua persistência silenciosa.
Na verdade, Lucas sempre foi alguém que respeitava outros e sabia manter limites. Sua forma de demonstrar interesse não era invasiva, nem forçada, ao contrário de Rafael, que sempre foi intenso e agora agia como um louco a qualquer oportunidade.
Júlia suspirou. As pessoas fazem o que querem, e ela não pode controlar isso.
Só podia focar em si.
Quando se virou para voltar para o quarto, viu uma sombra parada na escuridão, o que a fez saltar de susto.
A figura saiu das sombras, revelando-se sob a luz, era Rafael.
Júli