Natália olhou séria para Júlia e disse:
— O que eu quero dizer é bem simples: como mulheres, por mais difícil que seja, não podemos pegar atalhos. Temos que seguir com os pés no chão, sem recorrer a caminhos errados ou pensar que a sorte vai resolver tudo.
Júlia concordou com a cabeça:
— É, realmente é assim.
Natália disse com um ar de alívio, como se visse esperança:
— Você concorda, né?
— Claro.
Ela assentiu, satisfeita:
— Ótimo, então fico mais tranquila. Acho melhor devolver a casa quanto antes. Talvez você perca um pouco na taxa, mas pelo menos fica em paz, né?
Júlia ficou perplexa e não disse nada.
Natália perguntou, com o rosto já ficando sério, sentindo que tudo o que dissera tinha sido em vão:
— O quê? Está com pena de devolver?
Júlia riu, entendendo finalmente o motivo de tanta conversa:
— Olha, tia, tudo o que você falou eu concordo. Sim, as mulheres devem contar com elas mesmas. Mas…
Ela mudou o tom:
— Eu não dependo de ninguém. Então, vou encarar suas palavras como uma tro