Gustavo já estava com o rosto completamente fechado:
— Professora Renata, minha filha Júlia é uma menina ótima. Essas coisas que você falou, não importa de onde vieram, por favor, pare de comentar sobre isso no futuro! É tudo mentira! Eu até diria que é calúnia. Esse tipo de atitude não é de professor.
Após dizer isso, Gustavo saiu a passos largos, com uma postura que transbordava indignação.
Renata revirou os olhos:
— Fez o que fez e não quer que as pessoas comentem? Ainda tem a audácia de dizer que ela é uma boa menina? Que piada! Estragando o ambiente da escola, sem a menor vergonha…
Ela se lembrou de como Gustavo costumava ser presunçoso.
Ele tinha uma filha que era a primeira em todas as disciplinas, acumulava prêmios em competições, era famosa não só no classe, mas em toda a escola.
Em toda reunião, Gustavo fazia questão de mencionar Júlia, e seu sorriso de orgulho era inconfundível.
Mas e agora?
Entrou na Universidade B, e daí?
No fim, não passou de um brinquedo para algum rico.