O policial chegou perto, postura dura, cara de quem só cumpre ordem. Fez sinal pra eu levantar. Meu corpo obedeceu sozinho, mesmo com as pernas moles. Ele não falou nada, só começou a andar pelo corredor escuro da cadeia e eu fui atrás em silêncio.
Sabia que aquilo podia ser uma das poucas chances de ver alguém de fora. Meu coração batia forte de esperança.
Andamos por um corredor longo até uma porta que abriu pra uma salinha simples: a sala de visitas. Nada acolhedora, só mesa, cadeiras duras e cheiro de mofo, mas ali era onde eu podia ouvir palavras que me mantivessem viva.
Emmeline estava lá, sentada. Quando me viu, levantou na hora, mas hesitou, como se não soubesse o que dizer. Os olhos dela tavam cheios de preocupação.
“Scarlett”, falou baixinho, mas séria. “Como você tá?”
Tentei sorrir, mas foi difícil.
“Tô… tentando aguentar”, respondi com voz cansada. “E você? Como tá lá fora? O que tão falando de tudo isso?”
Emmeline olhou pros lados antes de chegar mais perto.
“Tá um caos l