“Você roubou o colar de jade?”
“É verdade que casou por interesse?”
“Como se sente sendo exposta como ladra de joias?”
As perguntas vinham de tudo que era lado, rápidas como tiros. Meu rosto queimava, meus olhos ardiam de raiva e vergonha.
“Eu não roubei nada!”, gritei com toda força que ainda tinha, a voz ecoando no meio do tumulto.
Mas ninguém escutava. Os policiais tentavam abrir caminho, mas os flashes não paravam. Cada clique era um soco no peito. Tentei manter a cabeça erguida, mas meu rosto entregava tudo: medo, horror, desespero. Os repórteres adoravam aquilo.
“Isso é injustiça!”, a voz do Nick ainda gritava lá longe, já abafada pela multidão.
Finalmente me colocaram dentro da viatura. A porta bateu com um estalo e o barulho lá fora sumiu de repente. Só ficou o silêncio pesado do carro, o ronco do motor e minha respiração ofegante.
Fechei os olhos um segundo, tentando organizar a cabeça. Mil vozes gritavam ao mesmo tempo dentro de mim. Como ia provar que era inocente? Como