Mundo ficciónIniciar sesiónGabrielle Goldman
Ele levou o telefone a orelha e começou a falar em outro idioma e eu sabia que era coreano, pois ouvi Lucas diversas vezes preso em um monologo em sua língua materna. E mesmo que pudesse ser uma ligação importante, não pude deixar de me sentir vazia.
Eu havia sido descartada após servir ao propósito. Outra vez.
Meu coração se apertou tanto que doeu fisicamente. Doeu de verdade, como se tivessem aberto um buraco que iniciava no peito e terminava nas costas. Eu choraria, se já não tivesse esgotado as lagrimas ao ler as cartas de meu pai. Não por ele, mas por mim mesma.
Eu me sentia pequena, insuficiente e descartável, como uma puta de uma esquina qualquer. Pior até. Nem mesmo havia sido paga para isso.
Me levantei, recolhendo min







