Gabrielle Goldman
Em momentos como aquele em que estava vivendo, eu evitava pensar em meu passado, assim como em meu futuro. Na verdade, nem me importava com o presente. Eu era covarde demais para pensar no que poderia acontecer se eu me permitisse pensar em mim mesma, porque eu teria que encarar a dura verdade, de que eu não sabia o que estava fazendo com minha vida.
E alguma vez já soube?
Desde que me conheço por gente tive aquele objetivo cravado em minha mente, aquele destino selado, que não havia como fugir. Era como se eu estivesse apenas atuando, encenando uma peça de qualidade duvidosa, onde o final clichê todos já conheciam de cor, e sequer se importavam com o que aconteceria durante o roteiro.
Seria assim minha vida? Não importava o que eu fizesse, o meu final seria o mesmo clichê de todos os melodramas, onde