Gabrielle Goldman
O veneno escorria da boca dele com a mesma naturalidade com que suas mãos percorriam meu corpo, e aquilo me embrulhava o estômago. Como ele conseguia tocar em mim com tanto desejo e, ao mesmo tempo, cuspir verdades distorcidas como quem recita um salmo?
— E o que espera conseguir com isso? — questionei, cansada de sua presença, mas incapaz de ignorar as implicações.
— Quero que me torne o segundo no comando, e acima de tudo, quando estiver livre desses parasitas, quero que se lembre que fui eu quem te contou a verdade — murmurou, encostando os lábios em meu pescoço, seus beijos gélidos contrastando com o calor de suas palavras — E que me ofereça o posto que pedi… sem precisar que eu te chantageie para isso.
Me afastei, olhando-o nos olhos com a frieza q