Lucas Park
Às vezes, quando olho no espelho, não consigo de deixar de sentir uma ponta de decepção. Não entenda errado, eu agradeço a Deus todos os dias pela nova chance que recebi, pela oportunidade de viver e fazer tudo aquilo que, por lógica e apontamento médico, eu seria incapaz de fazer. Ninguém consegue explicar como foi que eu sobrevivi, muito menos como a únicas sequelas restante fossem as dores de cabeça constante e os lapsos de memória. Meu corpo, que parecia ter sido o mais afetado de início, foi o que melhor se recuperou. Minha mente nunca voltaria a ser a mesma, fosse pela lesão no hipocampo ou pela crescente e doentia obsessão peça única mulher que eu daria minha vida.
Sim, eu tinha consciência do poço fundo que estava, dia após dia, me afundando. Não me importava