Hailey Conway filha de empregados de uma família muito importante, nunca imaginou que seu verdadeiro pai é o dono de uma das maiores transportadoras dos Estados Unidos. Vivendo no meio de tantas mentiras, Hailey acaba se apaixonando pelo futuro CEO da FagTranport. Pensando que Julian Fagan fosse diferente de seus pais, Hailey descobre que está namorando seu próprio irmão. Ou não.
Leer másA cada movimento que o carro ganhava se aproximando daquele condomínio muitas lembranças preenchiam a minha mente. Quando passamos pelos porteiros do condomínio, alguns ficaram surpresos quando me apresentei, parece que dei uma mudada durante esses anos. Seis anos depois voltei. O lugar não está nada diferente desde a última vez que vi, passei o resto da infância e adolescência aqui. Meus pais, por outro lado, se mantiveram aqui até hoje.
Hoje o sol brilhava irradiando a sua luz lá do alto, Londres não estava tão iluminada quanto Nova York. Milagre o tempo frio ter deixado esse lugar nesses últimos dias. Estamos na temporada do tempo frio, não estou reclamando. Ser recebida por esse tempo maravilhoso é bem aconchegante, mas foi preciso abandonar os casacos.
Quando o taxista parou o carro em frente àquela enorme mansão, ao sair do carro não teve como não parar e olhar para aquela casa tão grande. Nas minhas vindas para cá, quando criança, pensava em como aquela casa podia abrigar as pessoas que não tinham um teto sobre suas cabeças. Era muito inocência da minha parte. Até os dez anos mal convivia com a minha própria mãe, Julian e Audrey Fagan foram os felizardos de conviver com a dona Sarah. Não apenas com ela como também com o Sr. Conway, Javan Conway, meu pai.
— Senhorita Conway? — O homem não muito alto que eu me chamou.
Ao vê-lo se aproximando, os meus olhos se encheram de água. Javan abriu os braços e, como uma menina assustada, diminuiu a distância entre nós, abraçando-o pela cintura com toda a força.
— Minha menina. — Sussurrou afagando meu cabelo.
Me afastei o suficiente para poder olhar em seu rosto, as linhas de expressões mais evidentes do que a seis anos atrás. Seu cabelo sempre bem penteado para trás em um terno feito sob medida. Os Fagan distribuíam uniformes de qualidade impecável aos seus funcionários, todos sempre bem vestidos. A imagem deveria ser preservada sem exceção. Meus pais tiveram bom e o melhor nessa família, mas mesmo assim não deixam de ser funcionários.
— Voltei, papai. — Meu sorriso era pequeno por fora, mas por dentro ele não imaginava o tamanho da felicidade que sentia em estar em seus braços novamente.
Ele passou a mão pelo meu rosto, sorrindo. O senhor da pele amendoada clara é o homem que sempre me incentivou a vencer na vida e não desistir dos meus sonhos.
— Cada dia está mais linda, meu amor. — Segurou em meus ombros. — Entre! A casa continua do mesmo jeito. Encontrará sua mãe na cozinha, deixe que eu pegue suas coisas.
Javan começou a me empurrar em direção à casa, sem me dar chance de oferecer a minha ajuda. Não tem como discutir com esse homem. Em passos rápidos caminho em direção àquela casa, cumprimentei alguns funcionários. Alguns mais novos e outros do tempo de quando morava aqui, todos muito gentis ao falar comigo.
A cozinha imensamente enorme, Sarah sabe certinho onde fica tudo e fico pressionada com isso. Adorava estar com minha mãe quando criança, aprendi a cozinhar com ela, o que me salvou nesses anos que fiquei longe da sua deliciosa comida. Infelizmente meus dotes culinários não eram tão bons quanto os da minha mãe.
Dona Sarah estava de costas para uma das saídas da cozinha, não entrei pela entrada principal. Queria ver a minha mãe quanto antes. Seu cabelo preto com alguns fios esbranquiçados estavam presos em um coque baixo, perfeitamente alinhado. Ela estava concentrada em suas panelas. Dou um sorriso amargurado, todo esse trabalho acabará.
— Sarah Conway? — A chamei.
Sarah parou o que estava fazendo imediatamente, antes mesmo que terminasse de dizer o seu nome e se virou, éramos tão parecidas fisicamente. Ambas com tom de cabelo preto, pele amendoada e com os olhos castanhos escuros. Me via muito nela no futuro, uma versão mais velha minha. Sarah levou suas mãos à boca, não acreditando que estivesse realmente ali.
— Não é possível. — Deu alguns passos em minha direção. — Ah, já estamos no início de dezembro. Me perdi completamente nas datas. — Nos abraçamos.
— Vejo que anda com muito trabalho por aqui para não lembrar a data que sua filha estaria de volta. — Não deixei de dar uma alfinetada quando a soltei.
— Ah, querida. — Dar um tapinha de leve em meu braço. — Pare, por favor. Não me faz me sentir mal, você sabe como é a correria no mês de dezembro. Daqui a algumas semanas é natal e sabe que essa família ama comemorar as festas de final de ano.
Sabia muito bem. O que significa mais trabalho para minha mãe. Sarah é a funcionária mais antiga da família Fagan. Se tornando a governanta da casa, deve conhecer esse lugar mais do que os próprios donos. Mas a cozinha é o seu lugar preferido, ninguém mexe em suas panelas sem autorização da Sarah Conway.
— Sei, mas as coisas estão para mudar. — Sorri, um sorriso vitorioso e dou mais um abraço.
Que saudades estava da minha família.
— Como assim, meu amor? — Estranhou minha reação, mas meu sorriso parecia contagiá-la.
Não sou a melhor pessoa para demonstrar meus sentimentos, e muito menos me comunicar com as pessoas. Como diz o Sr. Fagan, sou uma menininha observadora.
Bem, no mundo dos negócios difere e pude me aperfeiçoar muito nesse tempo fora. Ser observador é fundamental nessa área onde tem muitos predadores, mas sou mais comunicativa. Estudei sobre finanças e me aperfeiçoando em países diferentes, me esforcei demais para que conseguisse a minha estabilidade financeira e pudesse voltar para dar o melhor para meus pais.
Além de devolver todo o dinheiro a família Fagan por pagarem a minha faculdade, um presente que quiseram me dar pelo tempo que meus pais estão com eles e por ser uma ótima aluno no tempo da escola. No fim acredito que eles viam futuro em mim, essa família não um ponto sem nó. Hoje em dia sou contratada por grandes empresários, quanto ao financeiro ou participando de alguma negociação, fazendo com que o meu cliente ganhe o melhor possível.
— Mãe, eu estou muito bem estabilizada financeiramente. — Segurei em seus braços não contendo a minha alegria. — Você e o papai podem escolher onde querem morar.
Estou finalmente podendo realizar um sonho, dediquei a minha vida para esse momento. Meus pais não precisam trabalhar para mais ninguém, podem estar aqui há anos e serem tratados muito bem. Porém, ainda são funcionários. Lentamente observei o seu sorriso sumindo.
— Podemos ir hoje mesmo se você quiser, sei que tem que cumprir pelo menos um mês… — Dou de ombros. — Vamos conseguir alguém para te substituir aqui.
— Querida, eu…
— Olha, quem está aqui. — A Sra. Fagan entrou na cozinha.
Hailey Conway Dormimos juntos, mas não aconteceu nada. Fico até surpresa, porque Julian não insistiu e somente aproveitamos a companhia um do outro, meu celular havia descarregado e quando deu cinco e pouca da manhã ele me deixou em casa e seguiu para casa dele. Coloco o celular para carregar e fui tomar meu banho.Definitivamente, devo me afastar do Julian, mas tudo me leva a ele e nesse momento é a Audrey. Amo muito aquela menina e é como uma irmã, o que está acontecendo com ela é muito injusto.Visto uma roupa, vou tomar meu café da manhã fora. Fica muito tempo sozinha, minha cabeça começará a imaginar o que não deve.Pego meu celular e saio de casa, ligo o aparelho. Na recepção paro, vendo que tinha uma mensagem da Audrey, Débora entregou finalmente o celular dela. Fui com expectativa para ler a mensagem, mas a cada palavra meu coração aperta.Audrey: Está difícil demais, me desculpa. Fala para todos que por favor me desculpem, não aguento mais Hailey. Por que tem que ser assim?
Julian FaganEla não me deixou entra em seu apartamento. Hailey olha duas vezes ao redor antes de entrar no meu carro, depois de ter dando uma volta no quarteirão. Voltamos a estaca zero. Zayn me paga… quero dizer, quem é Zayn mesmo?— Sério? Era mesmo preciso? — Ligo o carro.Hailey deu de ombros e coloca o cinto.— Não quero ser vista com você.Esse é o preço que se paga, após um surto de ciúmes. Todos contra mim.— Um restaurante cheio de barata? — Ironizo.— O pior que você encontrar. — Cantarola
Julian FaganA minha cabeça não para, dormir não tem sido uma opção e quando acontece é porque cheguei ao meu extremo. Hailey simplesmente decidiu me ignorar, não importava o que eu fizesse. Foi preciso apelar, aceitando ser um investidor do negócio da Hillary que decidiu chamar a Charlotte. A orientei para que não fizesse essa parceria, foi em vão.Hillary precisa amadurecer muito e tem uma chance grande, mas é muito insegura. Chamar a Charlotte não é somente para criar uma empresa de grande negócio e sim para se firmar em alguém. As duas vivem juntas e é capaz de Hillary aceitar qualquer coisa que Charlotte fala, justamente porque não confia em si. Ver Hailey tão perto foi agoniante, parece que me tornei um completamente desconhecido para ela. Mal me olhava. Mas meu pedido de socorro foi real. Não sei o que fazer com Audrey, ela entrou em uma tristeza profunda.Hailey: O que está acontecendo com Audrey? E esse é o único motivo para a Hailey falar comigo. Ah, como estou com vontade
Hailey ConwayJulian Fargan não tem mais acesso ao meu apartamento. Faz dois dias desde que descobri o que ele fez, esses dias foram difíceis. No fundo, desejava que Julian fosse diferente do seu pai e infelizmente não é, suas ações são tão aterrorizantes quanto as do Fagner. Essa história de Julian ter mandado explodir o carro do Zayn me atingiu facilmente gerando gatilho pelo que aconteceu comigo.Ele teve suas tentativas de falar comigo, números desconhecidos e Jared, deixei claro para seu amigo que não quero ver Julian. Passou de todos os limites e não vou compactuar com suas atitudes. Posso gostar do que quase tivemos, mas não aceito a forma que lida com as coisas.Foram dois dias sem contato algum com a família Fargan, queria saber sobre a Andrey e as poucas trocas de mensagens com Javan, ele falou que não houve mudança. Andrey está vivendo no automático e não fala. Queria poder falar com ela, seus pais tiraram o celular dela é como se Andrey fosse uma adolescente rebelde e esta
Hailey ConwayExplicar para Hilary os números não tão difícil como imaginei. Bem, quando os números são apresentados em dinheiro, ela entendeu muito bem. O bom é que Hilary está mais focada do que a última vez, e veio com umas ideias ótimas para linha de maquiagem.— Estou pensando seriamente em abrir uma parceria com alguém. — diz, animada e bebi seu café.— E tem ideia de quem?Sua família é bem estrutura no mundo dos negócios, quando seu entrou em contato comigo queria que sua filha desse um jeito na sua vida profissional. Hilary parecia ser a única descarrada.— Com a Charlotte.Me controlei para não fazer uma cara de desgosto. Bebi mais do meu chá.— É tem uma visão boa para o mundo dos negócios e acredito que daria muito certo a gente trabalhando juntas.Charlotte é esperta e boa, não posso negar, mas o seu temperamento nem sempre é bom. As duas se conhecem há anos, então estão acostumadas umas com a outra.— Farei todo o planejamento e assim você passa para ela.— Não! Temos qu
Hailey ConwayPodia anotar a preocupação do Julian pela sua irmã. Mesmo que ele não quisesse conversar sobre o assunto, contei a ele o que me levou a ajudá-la e incentivei que fosse para Moscou. Os dois sabíamos muito bem qual era os sonhos da Audrey e ela nunca escondeu esse seu gosto pela moda, tendo uma oportunidade como essa não iria fechar os meus olhos e deixar que ela continuasse fazendo os gostos dos pais.Sinto-me mal por ela, Débora e Fagner com toda certeza não foram nada a gente diz com a filha na hora de chamar atenção. Julian não me contou sobre a conversa, mas vejo seu semelhante mudar toda vez que toca no nome da sua irmã. Estamos no meu apartamento, almoçamos juntos e faltava pouco para que ele voltasse para FagTransport. Ambos não poderiam se dar ao luxo de enrolar, eu também tinha trabalho a fazer.— A gente poderia viajar. — Julian passava seus dedos, levemente pela minha coxa. — Um lugar bem longe.Estamos sentados no sofá, com a minha cabeça deitada em seu braço
Último capítulo