A Arte do Silêncio
O amanhecer trouxe consigo uma calmaria incomum, como se a tempestade da noite anterior tivesse levado embora mais do que apenas o vento e a chuva. Camila acordou cedo, sentindo-se estranhamente leve, apesar das emoções intensas que vivera. O céu, antes carregado de nuvens, agora estava claro, banhado em tons suaves de azul e dourado. O som suave das ondas que quebravam na praia era a única coisa que perturbava o silêncio ao redor da casa.
Ela se espreguiçou e olhou ao redor, notando que o quarto ainda estava envolto em sombras. Ao levantar-se, seus pés descalços tocaram o chão frio, lembrando-a da noite anterior. O beijo, o toque, as palavras de Davi – tudo parecia tão distante agora, mas ao mesmo tempo, marcava profundamente o presente.
Ela vestiu uma roupa simples, amarrando o cabelo em um coque desajeitado, e desceu para a cozinha. O cheiro do café recém-passado invadiu suas narinas, e ela se serviu de uma xícara. Sentou-se à mesa, observando o horizonte pela ja