Alex inclinou-se ligeiramente, sussurrando o mais baixo possível.
— Liam… tem certeza de que quer continuar a reunião… assim?
Os olhos de Liam se moveram um centímetro apenas.
— Estou perfeitamente capaz. — respondeu, com uma firmeza que não era firmeza… e sim um esforço desesperado para manter a compostura.
Aquela resposta foi uma grande mentira. Pois, pela primeira vez, ele não era capaz de nada. Porque, atrás daquela máscara, no fundo da mente dele, a foto queimava como fogo puro.
As curvas dela.
A renda preta.
A tatuagem.
O olhar.
O corpo dele reagia sem permissão. O autocontrole, antes impecável, agora estava rachado. Ele manteve a caneta entre os dedos porque, se não fizesse isso, era capaz de quebrar o próprio telefone ao lembrar da foto.
Cerca de vinte minutos depois, a porta da sala de reuniões se abriu. E o silêncio reinou. E todos os diretores olharam ao mesmo tempo. Como se um comando silencioso tivesse sido disparado. Liam ergueu o olhar. Muito devagar. E então viu.
Frede