Liam entrou no carro e bateu a porta com mais força do que pretendia. O impacto reverberou no peito como se o barulho tivesse dito em voz alta aquilo que ele próprio evitava admitir: algo nele tinha sido cutucado.
Virou a chave e acelerou. Não pensou duas vezes. Apenas dirigiu. A conversa que tinha escutado atrás da porta ainda martelava em algum ponto entre a raiva e o desprezo.
Enquanto os pneus cortavam o asfalto, a mandíbula travada dizia mais do que qualquer pensamento formado. .
Menos de vinte minutos depois, entrou na garagem subterrânea da cobertura de Bárbara. Digitou o código de acesso com naturalidade. O elevador abriu e ele entrou sem hesitar.
Bárbara não esperava por ele naquela manhã. Ainda estava de robe claro quando abriu a porta. A expressão de surpresa durou apenas dois segundos antes de se transformar naquele sorriso calculado e sensual que ela sabia usar quando queria que ele ficasse.
— Que bom que você veio… — disse, a voz baixa e carregada de charme e depois deu