Olívia piscou, incrédula.
— Agora você tem tempo pra falar comigo, né, marido? — retrucou com ironia, o veneno escapando em cada sílaba. — Porque até um tempo atrás, era como se eu não existisse. Mas adivinha? — ela soltou uma risada seca. — Agora quem está ocupada sou eu. Volta a se divertir com suas piranhas.
E antes que ele pudesse responder, ela encerrou a chamada.
O silêncio preencheu o carro. Ísis arregalou os olhos, a mão sobre a boca, sufocando um riso nervoso.
— Você desligou na cara dele?! — perguntou em choque. — Você, em questão de pouco tempo, de mulher romântica virou a mulher vingativa. Ual, choquei agora. E estou me perguntando se isso são os hormônios da gravidez ou ciúmes.
Olívia bufou, jogando o celular na bolsa.
— Pra ter ciúmes, tem que ter amor. Isso é revolta. O que eu ganhei até agora sendo uma mulher romântica, certinha? — perguntou revoltada e em seguida respondeu. — Chifres. Talvez sendo uma mulher revoltada eu tenho mais sorte. — disse e olhou pra janela —