Ao proferir cada palavra, sua voz se embargou e ele começou a chorar. Chorou de soluçar enquanto seu sangue saía e se perdia na terra, no chão e entre as folhas.
Eu deveria sentir pena? Deveria levar em consideração o seu sofrimento e não o meu?
Marisa me disse uma vez que às vezes vilões não nascem com o mal neles, que eles vão desenvolvendo com o tempo e com as circunstâncias.
Talvez não fosse uma grande mentira, mas isso não podia anular o que ele fez comigo certo?
Isso jamais ia anular o mal que me causou, e se eu deixasse minha mente me iludir, não ia ter paz nem pelas próximas horas.
Eu nunca teria paz. Nunca.
— Você me machucou também, Joe. Não é porque seus pais abusaram de você ao modo deles que você precisava fazer isso comigo! Você me transformou em um lixo ambulante, e vai ter que pagar por isso, sendo justo ou não.
Fiquei de cócoras para olhar mais de perto para seu rosto, e o vi limpando as lágrimas com as mãos sujas de sangue.
Seu rosto se tornou ainda pior. Todas aq