"Me posicionei na sacada de um prédio abandonado bem na frente do estabelecimento. Beirava as duas da madrugada, não tinha uma alma viva pairando por ali, e quando o papai sussurrou pelo rádio que eu deveria ficar em alerta, eu fiquei.
Estava com a besta, preparado para atingir o alvo, e sem muita visão do que acontecia lá dentro, assim que ele disse "agora" eu disparei a flecha e ela acertou o corpo que tinha um capuz na cabeça.
A flecha entrou no peito, sem erro acertou o coração. Só pude ver o rosto da pessoa quando ela caiu de joelhos e tombou para o lado.
Era ela. Era a minha garota.
O papai passou por ela com uma calma impressionante, e quando olhou para cima para me encarar, ele bateu uma continência, uma maldita continência, como se tivesse acabado de prestar um ótimo serviço, e então saiu.
Acho que eu nunca fiquei tão apavorado em toda a minha vida.
Desci de lá em uma velocidade absurda, e quando eu a peguei em meus braços, ela já não tinha mais vida. Ela já não era mais a