Ao chegar em casa, Bernardo encarava Giovana, mas nada do que fazia parecia agradá-la. Sempre havia uma nova reclamação, uma nova insatisfação.
Por outro lado, sua secretária o olhava com admiração, os olhos brilhando como se ele fosse um herói.
Isso massageava profundamente seu ego e alimentava sua necessidade de ser valorizado.
— Bernardo, o que você quer dizer com isso? — Giovana rebateu, visivelmente irritada. — Está querendo começar uma briga agora? Vai me culpar também? Me diz, qual das minhas atitudes não foi pensando em você e na sua filha? Você acha que faço tudo isso só por mim? E ainda tem coragem de falar de consciência?
Ela fez uma pausa, o tom mais ácido:
— Agora a Vitória voltou, e tão rápido já conseguiu o contrato com o Grupo Ramos. Você acha que ela vai esquecer o que aconteceu? Claro que não! Ela nos odeia! Eu me dediquei cinco anos inteiros ao Grupo GY, Bernardo. Cinco anos da minha vida! E agora, no final, parece que tudo foi em vão. Como você acha que eu me sint