— Por que está de babá? Ele não pode simplesmente aguentar até sábado?
Ela fez a pergunta com um certo tédio na voz, não queria estar ali, só não podia mudar a realidade então pensava que talvez valesse a pena tentar entender mais sobre a sua situação, para saber como seguir a sua vida, mas também porque não aguentava mais o silêncio e a indiferença dele. Mesmo diante da sua pergunta, ele não parecia interessado em nada além da estrada.
— Se vai dirigir para mim, não poderia pelo menos fingir que não me odeia? — Sugeriu irônica, olhando o caminho que faziam. — Aonde estamos indo?
Ele continuava focado, mas ao som da sua primeira pergunta apertou o volante desconfortável e se mexeu no banco pela primeira vez desde que ligou o motor. Dalila percebeu sua reação em silencio por algum tempo, curiosa, moveu os lábios arriscando mais uma pergunta, mas foi interrompida por uma manobra brusca que a jogou para cima dele quando estacionava na frente do prédio de Elias. Ela perdeu o ar com o su