Salva por um Vampiro– Série Drácula II
Salva por um Vampiro– Série Drácula II
Por: Nicolle
PRÓLOGO

O homem de trages brancas e cabelos ondulados negros da altura do ombro caminhava pelo parque. Seus olhos negros como a noite, transmitiam uma imensa serenidade aquém seja que o encarasse.

A medida que caminhava pelo parque infantil, uma sensação de déjà vù o invadia. Vendo as crianças brincando com seus pais, a imagem de sua infância passou diante de seus olhos. Sentia falta de casa. Falta de sua família.

Contínuo caminhando, observando sereno enquanto se deixava levar pelas lembranças que invadiam sua mente e o sol que aquecia suas vestes. Ainda compenetrado, sentou-se num banco apoiado os cotovelos nas coxas e as mãos no rosto.

Apesar de embriagado pelo sentimento de saudade, sentia-se em paz naquele recinto. Respirou fundo deixando se levar por aquele momento.

— Um homem tão lindo não devia ficar  triste desse jeito — o homem levanta a cabeça para ver a jovem de pele negra, olhos da cor do mel, cabelos negros e curtos da altura da orelha.

—E quem disse que estou triste? Se vim para aqui é porque não queria ser incomodado.

Também não precisa ser rude- pensou a jovem

— Mesmo assim sorria!!— o homem surpreendeu-se quando sentiu as mãos macias da jovem invadido seus cabelos, suas unhas rossavam deliciosamente sua pele. O homem não queria acreditar que uma jovem estava o fazendo cafuné como se fossem conhecidos íntimos. Aquele pequeno ato inesperado o fez a lembrança de sua casa, sua mãe, vésperas natalinas invadirem sua mente com intensidade. A saudade era tanta que se pudesse se teletransportaria naquele instante para casa.

A jovem após notar o que realmente estava fazendo recolheu sua mão marcando distância. Da forma que o homem se apresentava mostrava que é alguém de classe alta, e ela uma estranha tocou nele sem permissão. Um ato ousado e digno de punição.

A jovem ainda podia sentir a sensação de tocar em seus cabelos na sua mão, sabia a nuvem de tão macio que era. Fecho o punho, dando um sorriso envergonhado e de seguida saindo a velocidade da luz para algures se punir por tanta ousadia.

O homem ficou algum tempo imóvel, olhando para direção que a jovem seguirá. Sem saber o que pensar. Olhava para direção que a mesma tomará sem pestanejar.

(...)

1h45.

Casca se despediu dos amigos saindo da festa. Estava levemente alcoolizada e trombando em tudo que pisava. Os saltos a incomodavam então decidiu tirá-los e segura- los enquanto cambaleva de volta para casa. A noite estava escura e sóbria, o vento sobrava de este a oeste o vento frio batia contra suas pernas e braços. Começava a arrepender se de não ter aceitado dormir por lá. Suas vistas se encontravam levemente embaçadas mas ela se garantia de podia chegar em casa intacta como das outras vezes.

Doce ilusão, quem diria que o mal estaria a espreita especialmente para ela naquele madrugada, ou melhor a morte...

Um homem que vestia um sobretudo negro e felpudo, sapatos pretos e gastos. Cambaleante a medida que andava, seu cheiro a vômito era notável a kilomêtros de distância. Era óbvio que o mesmo se encontrava sobre efeitos do álcool. Andava em ziguezague, como se suportar o corpo fosse um fardo.

O som dos animais noturnos, dava um tom mais sombrio a noite, e o pior nem uma alma viva passava pelo beco além dos dois embriagados.

Casca apesar de estar sobre fortes efeitos do álcool, sentiu sua espinha arrepiar assim que seu olhar cruzou com o do homem. Tão rápido quanto seus cabelos ficaram em pé, o homem se aproximou dela como se fosse se esbarrar nela, e o fez. Mas quando se afastou Casca sentiu uma dor aguda em seu frente, o som do líquido sendo derramado.

Cambaleou para trás, com a mão no ventre. Tirou a mão do ventre e colocou na face e pode ver sua mão banhada de sangue. Em choque, olhou para frente, mas o homem que esbarrará nela a muito sumirá.

Tossiu sangue. Então foi quando a realidade bateu em sua porta. Estava morrendo. Com a outra mão na boca e outra no ventre tentou estacar o sangue, inutilmente. A medida que o sangue jorrava o álcool em seu organismo sumia. Lágrimas brotavão de seus olhos, seus lábios tremiam embebido de sangue. Caiu de joelhos, fraca, sem forças pra gritar.

Suas células imploravam por vida, seu coração acelerado tentava inutilmente manter o ritmo do organismo, suas pálpebras pesavam. A dor do esfaqueamento era insignificante comparado ao fato de que estava morrendo.

Fungou, chorosa.

Queria gritar mais a única coisa que aconteceu foi a parada cardíaca e seu corpo trombar para o chão.

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