Saber lidar com as intempéries da vida e com as pegadinhas do destino nem sempre eram fáceis e concomitantemente requeria muito controle emocional e tenacidade para não sucumbir gradativamente aos desmantelos provenientes de ações contrárias a paz interior — tudo o que Pilar não tinha. E essa verdade absoluta mais uma vez se confirmou quando sua mãe, muito debilitada e já cansada de pelejar pela vida sucumbiu ao chamado da morte e se entregou em seus braços deixando Pilar e Alejandro órfãos e totalmente desamparados. E, se, não fosse pelo apoio emocional de Javier e da senhora García, certamente Pilar teria sucumbido juntamente com sua mãe.

Embora estivesse em luto e sem nenhuma perspectiva de dias melhores, Pilar sentiu bem no fundo de seu peito dilacerado, certo conforto por saber que Javier não fora indiferente a sua dor e que esteve ao seu lado naquele momento fatídico que marcaria para sempre a vida dela; pois aquele não foi um dia qualquer; aquele foi o dia que encerrou o ciclo