Foi profundamente doloroso, como se ela tivesse sido atingida com uma marreta no meio do peito, espalhando aquela angústia desesperada por todo o seu corpo. Ela sentia que não conseguia respirar, todos os seus alarmes haviam disparado ao mesmo tempo e todos diziam a mesma coisa: que algo estava terrivelmente errado.
Ou o Diabo tinha mudado sua personalidade de um segundo para o outro, ou aquele homem em seu quarto não era o Diabo.
Ela tentou ficar calma, retendo as lágrimas que tentavam molhar os olhos, mas ela se lembrou que não era mais a mesma Sammy que havia embarcado naquele avião, desamparada e aterrorizada.
-Sim, você está certo", ela respondeu, limpando a voz, "é que tínhamos tão poucas coisas na ilha que estávamos sempre arrastando tudo ao redor".
Ela o ouviu se movendo atrás dela.
-Eu sei... mas não precisamos mais disso.
Sammy engoliu e tirou uma muda de roupa da mala.
-Vou mudar então... Dê-me um momento.
Ele entrou no banheiro e trancou a porta enquanto cobria sua boca co